As cachaças de Minas Gerais

Muitos já ouviram falar que a boa cachaça é mineira, porém, isso é mito, já quase todos os estados brasileiros produzem boas cachaças. Mas não vou negar que Minas tem razão de se orgulhar quando se fala de cachaça. Esta fama se deu porque, quando se descobriu ouro e pedras preciosas no interior de Minas Gerais e a produção de açúcar estava reduzindo, os colonos migraram para o interior levando seus escravos. Todavia, o porto de Paraty continuava operando com a chegada de escravos e saída de produtos, agora ouro e minerais. Com a construção da Estrada Real ligando Paraty a Ouro Preto (Vila Rica), os portugueses implantaram propriedades onde pernoitavam e nestas eram produzidos víveres para a próxima etapa da viagem. Entre os produtos estava a cachaça. Assim, foram implantados inúmeros alambiques pelo Estado. Por isso e aliado à aptidão do povo mineiro, Minas Gerais tem hoje a maior produção de cachaças ditas artesanais do País, e ostenta o maior número de pequenos produtores, espalhados pelos seus quase mil municípios. Cachaças a serem degustadas: Século XVIII – Pura (produzida num alambique construído pelo irmão de Tiradentes); Minha Deusa – Grápia; Bento Velho – Jatobá; Fascinação – Bálsamo; Caetano’s – Umburana; Rainha do Vale – Carvalho.

A degustação estará a cargo do especialista Agostinho Novo. Será no dia 30 de setembro, quarta-feira, às 19h30, na ABS Flamengo.

O preço: R$ 87,00.