246 | Ecos da viagem ao Uruguai

A viagem da ABS-Rio, em junho passado, ao Uruguai, constando de visitas a vinícolas, degustações dirigidas e um complemento turístico, nos reservou surpresas agradáveis. Detalhes vocês encontram em outra seção deste boletim. Limito-me a destacar o que me chamou a atenção.

Em primeiro lugar, a grandiosidade da vinícola Garzón, no Departamento de Maldonado. Construída em 1999, em local de colinas verdes, trata-se de projeto multimilionário da família argentina Bulgheroni, da área petrolífera. Excelente recepção, vinhos brancos refrescantes, tintos corretos com boa especificidade, um Tannat Reserva de bom tamanho. Representada no Brasil pela World Wine.

ecos-da-viagem-ao-uruguai-1   ecos-da-viagem-ao-uruguai-2   ecos-da-viagem-ao-uruguai-3

Entre os Tannats de maior destaque, cito inicialmente o Luz de Luna, top da Vinícola Narbona, de Carmelo, em Colônia do Sacramento. Trata-se de um corte de Tannats de 3 safras diferentes, que se aproveita da maciez do mais antigo e da robustez do mais novo, com notável resultado. Representada pela Devinum.

ecos-da-viagem-ao-uruguai-4   ecos-da-viagem-ao-uruguai-5   ecos-da-viagem-ao-uruguai-6   ecos-da-viagem-ao-uruguai-7   ecos-da-viagem-ao-uruguai-8

Sobre o Amat Tannat, da Carrau, eu já tinha escrito exaustivamente (meu livro “O Fantástico Mundo dos Vinhos”, pág. 98). O da safra 2008 mostrou-se um tinto excelente, confirmando sua inclusão entre os melhores do Uruguai. Representado no Brasil pela Zahil.

O El Preciado, top da Castillo Viejo, de Canelones, leva San José como Região de Origem no rótulo. Corte de Tannat com Cabernet Sauvignon e outras, mostrou-se um tinto de alta qualidade e longevidade acima da média.

Nosso velho conhecido, o Pisano Axis Mundi, representado pela Mistral, divide com o Amat o título de Tannat uruguaio varietal merecedor por excelência de avaliações elevadas.

Termino – não por ter explorado totalmente o tema, mas por falta de espaço – com este belíssimo Monte Vide Eu, da Bouza, Montevidéu, representado no Brasil pela Decanter. Corte de Merlot, Tannat e Tempranillo de produção limitada, trata-se um tinto do Novo Mundo “fuori classe”.