Cachaças de Paraty

Em 29 de março, terça-feira, às 19h30, na sede do Flamengo, o Sommelier de Cachaça Agostinho Novo fará uma nova degustação. Desta vez, a apresentação será sobre as cachaças de Paraty. Serão degustadas: Coqueiro, Engenho d’Ouro, Mulatinha, Paratiana, Pedra Branca e Maria Izabel. Evento aberto a sócios e não sócios.

Paraty é tida como o berço da cachaça. Esta cidade pertencia à Capitania de São Vicente, comandada pelo donatário Martin Afonso de Souza pelos idos do século XVI.

Acredita-se que, a partir de 1532, a bebida tenha começado a ser alambicada em terras paratienses. E mesmo sem ter prova de que foi pioneira na produção da aguardente de cana, Paraty – “quer pelas suas terras, quer pelas suas águas ou lenhas”, ou ainda pelos segredos da própria alambicagem – foi a mais importante região produtora de pinga no Brasil Colônia.

Não apenas na Corte, como também na Colônia, todos pediam uma dose de paraty quando desejavam uma simples aguardente.

Toda fazenda que produzia açúcar produzia também uma boa cachaça.

Saíram do porto de Paraty as primeiras cachaças exportadas em destino à Africa para servir de moeda de troca por escravos.

A pinga produzida em Paraty fez tanta fama pela sua qualidade, segundo Monsenhor Pizarro e outros historiadores, que custava mais caro que todas as demais comercializadas no país. Além disso, sua importância socioeconômica foi tão grande desde 1700 que acabou tendo seu próprio nome (Paraty) como sinônimo de aguardente até meados do século XX.

Paraty foi agraciada recentemente com a Identificação Geográfica da Cachaça.

Dos mais de 300 alambiques de aguardente que funcionaram no município a partir de meados de 1700, restauram apenas seis. Mas Paraty é e continuará sendo referência em cachaça.

Preços: R$ 87,00 sócios e R$ 137,00 não sócios.