Os vinhos fortificados – uma tradição portuguesa

Portugal tem um tesouro. Mais do que qualquer outro país vinícola, tem uma longa tradição na elaboração de vinhos fortificados. Esta tradição revelou-se mais importante com o vinho do Porto, um estilo clássico e único. Outro vinho de tradição é o Madeira, de produção muito menor, chamado também de “Torna Viagem”, pois seu processo de elaboração foi enriquecido por um acaso: ele melhorava muito quando os navios de transporte passavam pela linha do Equador. Hoje ele é elaborado em caves aquecidas pelo sol. É o único vinho que é aquecido na sua feitura. Outro clássico é o Moscatel de Setúbal, também muito antigo e de pequena produção. Provaremos uma raridade, o Moscatel Roxo, produzido em apenas 11 ha na Península de Setúbal. O quarto vinho generoso de região demarcada é o Carcavelos, de um lugar junto à Lisboa, que luta com a ocupação imobiliária pela sua sobrevivência. Afamado no século XVIII, hoje é um vinho raro. Teremos outra raridade, que é o Bastardo do Azeitão. Seus produtores apostam na salvação desta casta, que estava praticamente extinta naquelas paragens. Por fim, teremos um fortificado do Alentejo, de um produtor consagrado, de sua uva emblemática, a Alicante Bouschet. Degustaremos:

  • Bastardo 10 – Horácio Simões
  • Moscatel Roxo 04 – José Maria da Fonseca
  • Bual 15 anos – Cossart Gordon
  • Mouchão Licoroso 08 – Herdade do Mouchão
  • Porto Vintage 07 – Warre’s
  • Carcavelos Quinta dos Pesos 89 – Casa Manoel Boullosa

 

Para o final: Porto Warrior Special Reserve,Warre’s. Degustação dirigida por Francisco Brossard, dia 25 de junho, quinta-feira, às 19h30, no Flamengo. Preço: R$ 263,00.